AL PACINO




Nascido no Bronx, filho de Salvatore Pacino e Rose Gerard, que se divorciaram quando ele ainda era criança. De ascendência italiana, seu pai era de Corleone na Sicília e sua mãe era filha de um italiano e de uma norte-americana de pais italianos. O ator tem quatro irmãs: Josette, Paula, Roberta e Desiree.
Nos fins dos anos 60 estudou sob a supervisão de Lee Strasberg, descobrindo com isso a terapia para uma juventude deprimida e tão pobre, que mal tinha dinheiro para apanhar o transporte para as audições. O seu talento falou mais alto, tendo ganho um “Obie award” pela sua interpretação em palco de “The indian wants the Bronx” e um “Tony award” por “Does the tiger wear a necktie?”. O seu primeiro trabalho no grande ecrã foi “Me Natalie” em 1969, mas seria em 1971 com o seu trabalho “The panic in Needle Park” que o seu talento viria ao de cima, tendo ganho a atenção do realizador Francis Ford Coppola.
A sua ascensão meteórica surgiu após ter desempenhado o papel de “Michael Corleone” no filme de grande sucesso sobre a máfia de Coppola, The Godfather de 1972. Embora muitos actores consagrados pretendessem este papel para si, Coppola, escolheu o então relativamente desconhecido Pacino para o desempenhar. A sua actuação rendeu-lhe uma nomeação de melhor actor secundário para os óscares, e até aos finais da década de 70, conseguiu mais três nomeações, todas para melhor actor. Apesar de ter tido mais algumas nomeações, apenas em 1993, Pacino conseguiria alcançar o almejado prémio com o filme “Scent of a woman” de Martin Brest, no qual desempenha o papel de um militar reformado, cego e com um feitio irascível; para além de ter ganho o óscar de melhor actor, foi também cogitado para a nomeação de melhor actor secundário com o filme “Glengarry Glen Ross”; a única pessoa que conseguiu ser nomeada para os dois prémios no mesmo ano foi a actriz Julianne Moore, que em 2003 conseguiu repetir o feito, não tendo no entanto, de qualquer da vezes, conseguido ganhar nenhum deles. Depois dessas nomeações, Pacino nunca mais foi nomeado para qualquer dos prémios, no entanto, conseguiu vencer dois Globos de Ouro.
Nos anos 80, a carreira de Pacino entrou numa curva descendente, com as suas actuações em “Cruising” e “Author! Author”, a não serem muito apreciadas pela crítica. No entanto, conseguiu mais uma nomeação para os Globos de Ouro com o filme Scarface, onde representa o papel de um barão da droga cubano. No violentíssimo filme de Brian De Palma, ele contracena pela primeira vez com sua amiga Michelle Pfeiffer. Em 1992, eles voltariam a trabalhar juntos em Frankie & Johnny, sob a batuta de Frank Marshall (Uma Linda Mulher).
O reverso da medalha surge em 1985, com o filme “Revolution”, a ser considerado por alguns como a sua pior actuação de sempre, o que o levou de volta para o teatro nos quatro anos seguintes. Em 1989 regressou com “Sea of Love”, seguido de uma série de excelentes interpretações em “Carlito’s Way”, “Heat” “Donnie Brasco” e “The Recruit”. Ao longo da sua carreira, Pacino recusou vários papéis, entre eles “Han Solo” em Star Wars, “Captain Willard” em Apocalypse Now e “Edward Lewis” em Pretty Woman.
A qualidade das representações de Pacino, bem como a sua presença no grande ecrã, deram-lhe o estatuto de um dos melhores actores da história do cinema. Pacino continua a fazer teatro e começou a sua carreira como realizador, e embora o seu primeiro filme (“The Local Stigmatic”), continue por editar, os seus outros dois trabalhos (“Looking for Richard” e “Chinese Coffee”) foram bastante aclamados.
É pai de Julie Marie, fruto do seu relacionamento com a professora de teatro Jan Tarrant. Com a atriz Beverly D'Angelo é pai dos gémeos Olivia e Anton, nascidos a 25 de Janeiro de 2001.

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